07 maio 2024
estudos

As empresas que sofrem incumprimentos significativos aumentam até aos 19% em 2023

51% das empresas portuguesas ainda sentem o impacto do aumento da inflação no comportamento de pagamento e nos níveis de solvência da sua carteira de clientes. 

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Em 2023, 19% das empresas portuguesas confirmam que sofreram incumprimentos significativos, o que representa uma deterioração de um ponto face aos níveis de impacto da morosidade registados há um ano. Este é um dos dados mais relevantes extraídos da vaga de primavera do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, na qual participaram gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e setores.

 

 

O impacto do cenário económico no risco de crédito da carteira de clientes é sentido por 84% das empresas portuguesas. Uma das novidades de 2024 é a moderação da perturbação provocada pela evolução dos preços: o aumento geral da inflação é assinalado por 51% das empresas como fator desestabilizador do comportamento de pagamento e da solvência dos clientes, uma percentagem ainda muito elevada, mas 13 pontos abaixo dos valores registados há um ano; o aumento dos custos financeiros também cai 11 pontos, até aos 47% das empresas, e os custos com a energia caem 15 pontos até aos 33%. Um novo fator perturbador dos pagamentos é a má evolução da procura, assinalado por 27% das empresas, quando há um ano era um elemento residual. São também relevantes as tensões geopolíticas (citadas por 26% das empresas) e os problemas na cadeia de abastecimento (20%).

 

Neste complexo contexto de risco de crédito evidenciado pelo estudo, 23% do tecido produtivo (dez pontos mais do que há um ano) registou uma diminuição das suas vendas. Contudo, 66% das empresas (13 pontos menos que há um ano) registaram algum tipo de crescimento. As empresas revelam a sua confiança em que poderão manter esta dinâmica em 2024. Destaca-se de modo muito positivo o facto que 65% das empresas esperam que os seus níveis de faturação continuem a aumentar, face a uns exíguos 14% que esperam que este exercício seja pior que o anterior em termos de receitas.

 

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