19 novembro 2024
estudos

69% das empresas detetam problemas financeiros nos seus clientes

De acordo com o estudo realizado pela Crédito y Caución e Iberinform, 66% das empresas aceitam prazos de pagamento mais longos do que o desejado.

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Segundo a vaga de outono do Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e Iberinform, 66% das empresas veem-se forçadas a aceitar prazos de pagamento mais longos do que o desejado como forma de manterem a sua carteira de clientes. Os dois principais segmentos de empresas em que assenta a economia portuguesa têm um comportamento muito semelhante.

 

 

De acordo com o trabalho de campo, no qual participaram cerca de 300 gestores de empresas de diferentes dimensões e setores, 29% do tecido produtivo tem de aceitar prazos de pagamento mais longos do que o desejado pelas grandes empresas e 32% pelas PME. A capacidade dos trabalhadores independentes de impor prazos de pagamento afeta 22% das empresas.

 

 

Embora em menor medida, as administrações também fazem parte do problema da indesejada extensão dos prazos de pagamento: 18% das empresas que trabalham com o setor público têm de aceitar prazos mais longos do que o desejado. O pior desempenho, que afeta 11% das empresas, regista-se entre as administrações locais. Esta percentagem é reduzida para 6%, tanto com as administrações regionais como com as centrais.

 

Ao abordar as razões que explicam a morosidade nos negócios, a vaga de outono reflete uma elevada incidência de indisponibilidade de fundos por parte dos clientes. Os problemas financeiros são a razão mais citada (69% das empresas), à frente dos atrasos intencionais por parte dos clientes (51%), da complexidade dos procedimentos de pagamento (19%), da emissão de faturas incorretas (3%) ou de litígios sobre a qualidade dos bens e serviços prestados (2%).

 

 

Apenas 55% das empresas trabalham com prazos de pagamento inferiores aos 60 dias previstos no Decreto-Lei n.º 62/2013, que transpõe a Diretiva Europeia relativa a medidas de combate aos atrasos de pagamento nas transações comerciais. O valor representa, no entanto, uma melhoria de três pontos percentuais face aos valores de há um ano.
 

 

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