Insolvências aumentam 56% em janeiro de 2024
As insolvências apresentam um aumento substancial de 56% em janeiro de 2024 face ao período homólogo do ano passado, enquanto as constituições decrescem 7,9% no comparativo.
As insolvências apresentam um aumento substancial de 56% em janeiro de 2024 face ao período homólogo do ano passado, enquanto as constituições decrescem 7,9% no comparativo.
O primeiro mês de 2024 regista um aumento nas insolvências, com mais 159 empresas insolventes que em igual período do ano passado, atingindo um total de 444 empresas insolventes (+56%).
Por tipologia de ação, janeiro último encerrou com 82 declarações de insolvência requeridas por terceiros (+64% face ao período homólogo de 2023), 130 declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas (+196%) e 227 declarações de insolvência (+400% face a 2023).
Lisboa e Porto são os distritos com valores absolutos de insolvência mais elevados: 108 e 131, respetivamente. Face a 2023, Lisboa tem um acréscimo de 46% (evolui de 74 para 108 em 2024) e o Porto atinge incremento de 157% (evolui de 51 em 2023 para 131 em 2024). Outros distritos com variações significativas são: Vila Real (+400%); Castelo Branco (+200%); Angra do Heroísmo (+200%); Santarém (+133%); Ponta Delgada (+100%); Braga (+61%); Faro (+46%); Viseu (+30%); Coimbra (+22%) e Aveiro (+11%).
Contudo, apesar do panorama negativo, há distritos onde as insolvências decrescem face a 2023: Portalegre (-100%); Évora (-50%); Viana do Castelo (-50%); Madeira (-33%); Leiria (-20%) e Setúbal (-9,5%).
Por atividades, os aumentos registam-se nos setores de: Comércio de Veículos (+225%); Indústria Transformadora (+102%); Hotelaria e Restauração (+95%); Transportes (+80%); Outros Serviços (+53%); Comércio por Grosso (+ 45%); Comércio a Retalho (+31%) e Construção e Obras Públicas (+16%). O setor da Agricultura, Caça e Pesca é o único que apresenta uma variação negativa em janeiro de 2024 (-25%).
Constituições decrescem 7,9% em termos homólogos
As constituições de empresas decrescem de 5.340 em janeiro de 2023 para 4.920 no primeiro mês deste ano, menos 420 novas empresas criadas (-7,9%).
O distrito de Lisboa regista o número de constituições mais significativo, 1.420 novas empresas constituídas, valor que traduz um decréscimo de 20% face a janeiro de 2023. O distrito do Porto ocupa a segunda posição em termos absolutos, com 860 novas empresas (-1,6%), e Setúbal completa o pódio, com 406 constituições (-5,1%).
Com decréscimos significativos face a janeiro do ano passado destacam-se, ainda, Porta Delgada (-18%) e os distritos de Bragança e Coimbra, ambos com um uma redução de 17%. No total distrital, o primeiro mês do ano termina com 13 distritos com reduções e 11 com acréscimos. Os aumentos tiveram maior expressão na Horta, que evoluiu de 5 para 14 novas empresas criadas (+180%), seguida de Angra do Heroísmo, com um aumento de 8 para 10 novas empresas (+25%), Viseu (+24%) e Leiria (16%).
Os setores que apresentam variação positiva na constituição de novas empresas em janeiro de 2024 são: Indústria Extrativa (+100%); Telecomunicações (+56%); Construção e Obras Públicas (+4,1%) e Hotelaria/Restauração (+0,2%).
Com variação negativa destacam-se as atividades de: Eletricidade, Gás, Água (-46%); Transportes (-22%); Indústria Transformadora (-10%); Outros Serviços (-9,7%); Comércio por Grosso (-7,7%); Comércio a Retalho (-7,4%); Agricultura, Caça e Pesca (-7%) e Comércio de Veículos (-6,6%).