15% dos grossistas de materiais de construção e equipamento sanitário estão em risco de incumprimento
Segundo os dados mais recentes do Insight View, 29% das empresas deste setor foram criadas nos últimos cinco anos.
Segundo os dados mais recentes do Insight View, 29% das empresas deste setor foram criadas nos últimos cinco anos.
Apesar de um crescimento sustentado nos últimos anos, o volume de negócios em 2023 registou uma redução de 4% face ao ano anterior, de acordo com o Insight View. Esta queda pode refletir dificuldades emergentes no setor, possivelmente ligadas a uma desaceleração do mercado imobiliário e à subida dos custos das matérias-primas, o que tem impactado diretamente a rentabilidade das empresas.
Os dados do Insight View mostram que a maioria dos grossistas se concentra nos principais centros urbanos: Lisboa (18%), Porto (18%), Braga (14%), Aveiro (9%) e Leiria (7%). No entanto, uma parte significativa está distribuída pelo resto do país, representando 34% do total. Em termos de volume de negócios, o Porto lidera com 20%, seguido por Lisboa e Braga, ambos com 15%.
Este setor é caracterizado por uma forte dinâmica empresarial: 22% das empresas têm menos de cinco anos e, desse grupo, 8% foram constituídas no último ano. Empresas entre seis e dez anos representam 17%, enquanto 11% têm entre 11 e 15 anos e 27% têm entre 16 e 25 anos. Cerca de 23% das empresas contam já com mais de 25 anos de atividade.
Consequentemente, o setor é composto maioritariamente por micro e pequenas empresas, que representam 68% e 29% das empresas, respetivamente, e são responsáveis por 59% do volume de negócios. As restantes 3% são empresas médias e grandes, que, no entanto, representam 41% do volume de negócios.
O risco de incumprimento neste setor é considerado médio (score 5,1), com 49% das empresas a apresentarem um risco baixo e 15% a enfrentarem risco elevado ou máximo.
Em relação à tesouraria, os prazos médios de pagamento a fornecedores aumentaram de 71 para 75 dias em 2023, e o prazo médio de recebimentos de clientes passou de 82 para 86 dias. Estes dados indicam uma pressão crescente sobre a liquidez das empresas, sugerindo um possível desajuste entre as entradas e saídas de caixa, o que poderá acentuar dificuldades na gestão financeira.